Curadoria: Isabel Ponce de Leão e Maria do Carmo Mendes
Em paralelo com o Encontro, decorrerá a exposição “Arte e Alterações climáticas”, com a curadoria de Isabel Ponce de Leão e Maria do Carmo Mendes.
Todos os que laboram na esfera das artes, sejam elas visuais, cénicas ou literárias, estão bem conscientes do tremendo desafio que planetariamente enfrentamos. Todavia, quando o futuro da vida na Terra parece hipotecado, o que se espera dos artistas não é somente que deem expressão à sua criatividade estética, mas que com as suas obras de arte consigam envolver-se e envolver-nos ativamente e coletivamente com o planeta, trazendo para o olhar e para experiência públicos estruturas e processos que ameaçam a subsistência dos humanos e não-humanos na Terra, quando não mesmo da própria Terra.
Esse foi o repto lançado aos vários artistas que integram a exposição: como são capazes de representar esteticamente desequilíbrios climáticos antropogenicamente induzidos, lugares naturais esventrados, esvaziados, contaminados, paisagens mutiladas, biodiversidade obliterada, injustiças ambientais, etc.? E que futuros sustentáveis e insustentáveis nos conseguem fazer vislumbrar com a sua criatividade? Em suma, que respostas dão, a partir do seu domínio de intervenção, ao grande desafio antropocénico da interferência humana no funcionamento do Sistema Terrestre, vulgo Terra, a todas as suas escalas, incluindo a global?
Todos os que laboram na esfera das artes, sejam elas visuais, cénicas ou literárias, estão bem conscientes do tremendo desafio que planetariamente enfrentamos. Todavia, quando o futuro da vida na Terra parece hipotecado, o que se espera dos artistas não é somente que deem expressão à sua criatividade estética, mas que com as suas obras de arte consigam envolver-se e envolver-nos ativamente e coletivamente com o planeta, trazendo para o olhar e para experiência públicos estruturas e processos que ameaçam a subsistência dos humanos e não-humanos na Terra, quando não mesmo da própria Terra.
Esse foi o repto lançado aos vários artistas que integram a exposição: como são capazes de representar esteticamente desequilíbrios climáticos antropogenicamente induzidos, lugares naturais esventrados, esvaziados, contaminados, paisagens mutiladas, biodiversidade obliterada, injustiças ambientais, etc.? E que futuros sustentáveis e insustentáveis nos conseguem fazer vislumbrar com a sua criatividade? Em suma, que respostas dão, a partir do seu domínio de intervenção, ao grande desafio antropocénico da interferência humana no funcionamento do Sistema Terrestre, vulgo Terra, a todas as suas escalas, incluindo a global?